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Ponto Cego
ou estilhaços alojados entre a virilha e o pescoço

Durante o processo de pesquisa contextual no Sistema Penitenciário do Estado de São Paulo e, principalmente, na Penitenciária Feminina de Santana, nos anos de 2016 e 2017, Carolina Nóbrega e Nádia Recioli fizeram aulas de boxe e de tiro. Foi uma escolha de impor a seus corpos e a seu cotidiano um treinamento para lidar com a violência, buscando aproximar-se de alguma maneira da experiência das pessoas que vivenciam o Sistema e obrigatoriamente lidam com a iminência do conflito e com a presença de armas de fogo.

Ponto Cego ou estilhaços alojados entre a virilha e o pescoço é um texto da autoria dessas duas artistas, que reúne o mosaico contraditório de toda a experiência - a Penitenciária Feminina de Santana; a viagem pelas 83 penitenciárias; as aulas de boxe e o curso de tiro. Trata-se de um texto feito para ser lido em voz alta, seja através de uma performance presencial, na qual as duas leem seus depoimentos ao público, seja através de um áudio que contém o texto na íntegra, a ser escutado pelo público através de fones de ouvido.

É possível, também, que as autoras do livro Ponto Cego ou as vozes inaudíveis integrem a performance com a leitura de um texto de sua autoria presente no livro, ou com outro texto mais recente, caso estejam em liberdade. Duas apresentações deste trabalho contaram com a performance e os textos de Lindasony Salgado Pereira.

ou estilhaços alojados
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